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ADALBERTO CALDAS MARQUES

I. Sobre o autor

Adalberto Caldas Marques é escritor.


II. Suas Obras


APANHA

Inverno é assim o sol cai
Vem ela, essa noite fria, gelada
Como meu coração
Que já não bate, nem apanha.

Frio que congela meu corpo
Peito gelado, deixa os lábios roxos.

Por isso adoro quando você chega
É sol que aquece minh’alma
Esquenta meu peito
Faz retornar a vida aos meus lábios.

Pena, porque mesmo assim
Meu coração não bate....
Apanha...



COREANOS

Só um som na mente
Em meio a tanta gente
Pareço um demente
Um dormente
Por onde passam tantas vidas
Olhando através de uma janela lacrada
Fechada pro mundo
Que ma abraça
E me escorraça
Evolução gelada
Mas vou sentir falta
Do Jesus te ama
Do Nakayama
Da Coca, da água, da bananada
Do amendoim de vinte e cinco
Da balinha do menino
Do acordeom de uma nota só
Da minha peça de dominó
E do balanço que embala
O sono de quem duro trabalha
E do calor que molha
E faz brilhar os rostos cansados
Dessa gente que luta, labuta
Gente que sofre
Mas que se alegra no batuque
Do Samba que pega carona
Dono da festa, milagreiro
Que torna melhor a vida
De um em cada um brasileiro.



PÁSSARO DE PEDRA

Pássaro que não sabe como nasceu
Pobre pássaro de pedra
Não sabe voar, não sabe cantar.

Mesmo assim se faz belo
Este inerte ser, mas não livre
Não sabe o que é liberdade
Tem os pés presos
Por uma ferida aberta, exposta, mal curada.

Não vê o horizonte ao longe
Não pode sentir o vento lhe abraçar
Enquanto sobrevoa a imensidão de um lindo céu azul.

Pássaro que partiu
Deixando na imensidão deste céu azul
Um vazio ... imenso.